quinta-feira, 28 de março de 2024

Eu Sou testemunho de tudo o que tenho visto

 A conversão ao cristianismo 

É um fato consumado 

Um ateu pode deixar de ser

Ateu do dia pra noite

Ou da noite para o dia

Por via racional 

Ou por Una via religiosa

A conversão nunca foi

Milagrosa nem há de ser

Mas passa pelo precipício 

Em acreditar no que nos foi 

Revelado pela Sagrada 

Escritura seja no antigo 

Ou no novo testamento

 

Toda conversão possui 

Contexto seu tempo histórico 

E o testemunho de cada 

Cristão de sua conversão 

Serve como o próprio texto 

É claro que alguns dirão ou

Malidiscentemente insinuarão 

Não há pretexto para conversão 

Estes não agem por mal 

Agem por ignorância por não buscarem 

A verdade no caminho e na vida

Pois a luz é tremenda

E se faz verbo em Jesus 

Que se fez verbo encarnado

Pelo ventre imaculado de Maria 

Quem tem tudo com Jesus

Nada teria sem a virgem Maria 

Pois foi concedida sem pecado

Para ser a raiz da promessa 

Da vinda do nosso redentor 


Arcanjo Gabriel lhe saudou

Como máxima reverência 

E anunciou ela

Havia sido escolhida 

Pelo Pai Celestial 

Para ser a serva 

Mais elevada entre 

Todas as mulheres 

Por aceitar a missão

De ser a co-redentora 

Na divina obra da salvação

Humana prometida por Deus

Através dos maiores profetas 

Da antiga tradição hebraica

E ela de imediato aceitou

Que seja feito conforme 

A tua vontade oh Pai!

E o Espírito Santo 

Em seu ventre 

Gerou o Filho Unigenito

E Ungido do Pai Criador

Nosso Senhor do Céu e da terra


Eis a cena da concepção 

Imaculada de Nosso Senhor

Jesus Cristo 

No corpo sem pecado 

E no ventre consagrado de Maria

Filha de Santana e Zacaria 

Da casa real de Davi

O pastor que derrotou 

O gigante Filisteu Golias

Com uma pedra e uma funda

O segundo Rei Ungido 

Do povo escolhido 

Da antiga aliança 

Com Moisés 

Na ocasião da libertação 

Do cativeiro no Egito 


São José 

Carpinteiro em Nazaré 

Também da casa de Davi

Foi o Humilde benfeitor 

Servo Fiel do Pai Criador

Na obra redentora 

Para a encarnação do Verbo

Foi o Protetor de Nossa Senhora 

E do menino Deus na Lapa

Jesus Cristo Nosso Senhor

Quando para Belém foi convocado 

Para um senso decretado por Herodes 

A profecia se cumpriu 

Conforme a estrela se moveu

De Nazaré até Belém 

Menino Deus no ventre andou

No lombo de um Jumento 

Inocente e sem tormento 

Pois Uno com o Pai se consagrou

Por intermédio do Espírito Santo 

Terceiro na Trindade feito do amor

Tanto do Pai para com o Filho 

Quanto do Filho para com o Pai

A sua imagem e semelhança 


A natividade aqui foi deveramante

Descrita só ela já é capaz de converter

Seja Hebreu, seja pagão 

Seja gentio ou maniqueu 

Mas este é só o prefácio 

E nem era a minha intenção 

Eu só queria dar o testemunho 

Da minha alma à conversão

A doutrina da Trindade

Que a verdade revelou

Foi o verbo encarnado 

Que entre nós habitou

Se fez homem sem pecado

Foi batizado por João 

Do deserto, no rio Jordão 

Seu ministério assim fundou

Por volta dos trinta anos

Os primeiros seguidores 

Ali mesmo herdou de João 

João Batista anunciou

Eis o cordeiro divino que veio tirar

Do mundo o pecado 

E o pecado do mundo


E começou seu magistério 

Como servo de Deus Pai

O que sobe nunca cai

Para quem caiu possa subir

Acreditando no que vai 

Se entregar ao sacrifício 

Subir ao céu, de lá não sai

A direita do Deus Pai 

A julgar mortos e vivos 

Pela força que não trai

O bem que sempre nos traz

No princípio e no fim a Paz

De tudo Ele foi capaz

De curar os mais impuros

De fazer cego enxergar 

Fazer aleijado andar

Até Lázaro ressuscitar

Transformou aqua em vinho 

Alimentou a multidão 

Multiplicou o peixe e o pão 

Trouxe a Luz à fé de Abraão 


Adentrou Jerusalém 

Montado em um Jumento

Aclamado como um Rei

Pelo povo em multidão 

Em um domingo de Ramos 

Vamos nos orientar

No monte das oliveiras

Com os doze foi comungar

Quando chega quinta feira

A Santa ceia foi posta

Instruiu os seus apóstolos

Ensinou-lhes  a comunhão 

Prenunciou a traição.

Iniciou a rendição 

Aos poderosos se entregou

Foi acusado de blasfêmia

O Salvador da redenção

O Redentor da salvação 

Pelo Sinédrio condenado 

Sem direito a absolvição 

Foi crucificado 

Sexta feira da paixão

Sábado de aleluia 

Domingo da ressurreição 



















 

















sexta-feira, 18 de março de 2016

Pois Coragem é o único instrumento para lutar...


Coisa boa é Alvorada 
Bananda bom é cedo
Eu vou contar um segredo
Peço pra se apascentar
O acento é meu enrredo
Na métrica apresentada
Canto coco de embolada
Que dança no meu pensar
Vista a saia rodada
Venha pro coco sambar

No martelo agalopado
Ou nos dez pés ao quadrão
Eu vou contar arrojado 
Como foi a confusão
Numa sala de reboco
Eu ouvi só o papoco
De meio mundo de cabôco
A custa de chute e soco
Dar um viva a Luiz 
Pai e rei do baião

Venha pro coco sambar 
Quem sabe e quer vadiar
Essa dança arretada
 Vai até o sol raiar
O meu verso voa livre
Não se pode aprisionar
Na levada do pandeiro
No balanço do ganzá 
Não precisa de dinheiro 
Quem sabe e quer vadiar

Eu vou contar um segredo
Atenção possa prestar
Quem não desafia o medo
Não pode se libertar
Pois coragem é o único
Instrumento pra lutar
E contra a covardia
Temos que nos alistar
O regime é Civil
Não queremos Militar

Não me prendo a partido
Pois quero me unir ao povo
Tudo que tenho assistido 
Convém passarmos o rodo
Pra desatar esse nó
E dissolver esse engodo
Eu não posso lutar só 
Devo me unir ao povo
E antes e voltar ao pó 
Emancipação promovo

Na levada do pandeiro
No balanço do ganzá
Canto para o mundo inteiro
Não só para o meu lugar
Se possível o estrangeiro
Possa me interpretar
Ao som de um forró raiz
Que é pra não desvirtuar
O protesto cancioneiro
Da cultura popular

Das revoltas e levantes
O poder foi esquecido
No cartaz manifestante
O gigante adormecido
Acordou da letargia
Na pátria dos excluídos
A espécie está no povo
Que não se dá por vencido
Prefiro morrer lutando
A um tirano ter servido

Dedicar a sua honra
Para o bem de seu país
Não achar que o mais pesado
É o fardo do aprendiz
Pois quem sabe o que pensa
Mas não pensa no que diz
Está longe do conceito
Distante de ser feliz
Felicidade do povo
Que preserva sua raiz


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Poesias que não debutam nem dançam...


GERAÇÃO GENUÍNA

Gerados em larga escala, na escola de duas medidas.
Operados para desarticular a balança de duas medidas.

Gerados pela desigualdade de uma injustiça genuína. 
Considerados injustiçados pelo caos que tanto contribui.
Com o agravamento da destruição encerrada na ruína.
Operados pela responsabilidade que o futuro lhes atribui.

Criaturas geradas no ventre incerteza,
Criaturas operadas pelas dúvidas possíveis.
Aviso importante, não entre sem ter certeza,
De que está sendo visto por olhos invisíveis.

Geração que não ignora as leis que lhe regem,
Com amor, saber e poder dos que agem.
Interação que não piora os que se elegem,
Como defensores daqueles que não reagem.

Geração que não despreza a sua valiosa fala.
Na escala social que menospreza quem reza ou cala.

Geração protagonista da história atual,
Em defesa das causas reveladas justas.
Na mesa em que as faltas são injustas,
Sobram motivos a se opor ao contratual.

Eis as leis do fim da ruína decretado pela causa genuína.


HOSPEDEIROS DE PARASITAS

O parasitismo habita em muitas mentes,
Sem sequer ser percebido pelo hospedeiro.
O parasitismo apita até deixá-las dementes,
Sem querer ser despedido do habitat derradeiro.

Quando muito copulam o corpo manipulam
Manipulam o corpo quando muito copulam.

Hospedes indesejados, invasores que querem ser cortejados.
Além de não serem festejados se recusam a pedir perdão por essa incômoda invasão antes de serem esquartejados.

As mentes não são esgotos para canalizarem merda mental.
Dementes não são os zigotos de uma espécie experimental.

Hospedeiros de parasitas mentais,
Por não ocuparem os cômodos da mente.
Hospedeiros de parasitas mentais,
Por não se preocuparem com os hospedes da mente.

Habitações feitas sem pedidos de licitações.
Íntimas invasões feitas sem prévias citações.
Habitantes que sofrerão as tais implicações.
Incitadas em meio às diversas complicações.

Não dê hospedagem, nem abra sequer uma passagem,
que abrevie a viagem ou alivie o peso qualquer bagagem,
contida em cada parasita mental considerado uma bobagem.

IGNORÂNCIA INVOLUNTÁRIA

Apenados pela imposição humana do saber.
Não é qualquer posição profana do conceber,
que é capaz de convencer com ditos de saber.

A cultura popular é um abismo vazio a se pular.
O fundo do poço é só o lugar onde se quebra o pescoço.
A sepultura nunca foi um solo infértil para se copular.
Afundo na sabedoria contida nas reações do alvoroço.

A agitação sobre o ignorado,
Aceitação de qualquer explicação.
O saber devia ser melhorado,
Opiniões embasadas sem complicação.

Baseados numa teoria impossível de ser explicada.
Em meados do terceiro milênio a sabedoria será resgatada.
Baseados numa categoria passível de ser aplicada.
Em meados do atual milênio a ignorância será desengatada.

Os homens só não são tão sábios,
 por não saberem usar seus lábios.
Eles só não pararam de executar,
porque nunca souberam escutar.

Os lábios só serão silenciados,

para os ouvidos não licenciados


A indústria da ignorância tenta manter o povo alienado.

Enquanto a industria do saber alenta o poder do novo reinado.

Os sábios são os que sabem ser e os néscios não sabem o que são.


JUVENTUDE JORNALÍSTICA

Jovens que vem documentar diversos ângulos da história.
Juventude informada que vem mostrar à que veio.
Jovens que vem sacramentar os versos aos pulos na memória.
Juventude virtuosa que não vem em nome de um devaneio.

Jovens conscientes da necessidade pro médico dos pacientes.
Bens conscientes da necessidade de informar os mais eficientes.

Juventude jornalística em meio à nossa origem mística.
Jornalistas que examinam as minúcias das pistas.
Jornalistas que determinam as listas e seus relatos.
Jornalistas que examinam os fatos e ignoram os boatos.

Jornalismo juvenil sutil na viagem chamada idealismo.
Jornalismo que renuncia uma maquiagem do realismo.

Jornalismo observado sobre um vasto e imparcial panorama.
Jornalismo que denuncia os tributos do abuso que derrama.
A lama imunda que macula a honra da nossa verdade histórica.
A má fama que circula na hora da seriedade da nossa retórica.

Juventude jornalística que contraria a falsa estatística.
Virtude ritualística que traria um jornalismo instrutivo.
Juventude jornalística  que contraria a falsa estatística.
Virtude ritualística que traria um idealismo construtivo.

Juventude jornalística, juventude vacinada,
 contra a mentira ritualística,
em nome da verdade raciocinada.
                                                       LUTO

Abnegamos da tirania de um poder arrogante e absoluto.
Negamos a soberania de um poder ignorante que evoca o luto.

Anunciamos a moratória dos impostos arquivados.
Renunciamos a oratória dos indispostos e esquivados.

Eu sou da legião unificada e temperada pela opressão.
Estou em luto em nome das vítimas dessa maldita repressão.
Luto contra a pedância do poder humano absoluto.
Luto contra a arrogância do poder no engano soluto.

Luto contra um verbo astuto que quer ludibriar todo o povo.
Luto contra um verbo astuto que quer sombrear a luz de novo.

Luto contra a ditadura imposta pela guerra de Kosovo.

Luto contra um verbo prostituto,
Que quer agourar a gema do ovo.
Luto contra um verbo substituto,
Que quer degenerar a causa que promovo.
Luto contra uma postura que não gosta,
Dos frutos da terra os filhos do povo.

Anunciamos a vitória de um luto que nunca será arquivado.
Pronunciamos a história do absoluto que ficará esquivado.

Renunciamos a memória de um luto muito lamentável,
Mas não abriremos mão da vitória do povo convocado.
Pois o luto é a causa e o efeito do rentável equivocado.
Luto no ultimato ao anonimato.

 Poesias produzidas há quinze anos atrás, 2001
Aos vinte anos essa era a tônica do meu pensamento
Tenho consciência da atualidade deste conteúdo e espero que sirva para mostrar que o descontentamento é antigo e agora que vai ser pedreira.